Definição:
Seja A uma matriz quadrada
com entradas pertencentes a um corpo
.
Se existirem matrizes
,
diferentes da matriz nula, e
tais que
,
dizemos que
é um autovalor da matriz A e é
um autovetor da matriz A associado ao autovalor
.
Definição: Dada uma
matriz quadrada A de ordem
,
o polinômio de grau
dado por
é denominado polinômio característico da matriz
A.
Teorema:
Matrizes semelhantes possuem o mesmo polinômio
característico.
Teorema:
Sejam V um espaço vetorial sobre um corpo
e
um operador linear. Considere B e C bases ordenadas para
V. Então,
onde
e
são as matrizes de mudança da base B para a base C e de
mudança da base C para a base B, respectivamente. Ou
seja, as matrizes
e
,
que representam o operador linear T com relação as bases
B e C, respectivamente, são semelhantes.
Definição:
Sejam V um espaço vetorial,
um operador linear. Como as matrizes que representam um
mesmo operador linear, com relação a duas bases
distintas, são semelhantes, e matrizes semelhantes
possuem o mesmo polinômio característico, podemos
definir o polinômio característico de um operador
linear como sendo o polinômio característico da
matriz
que representa T com relação a qualquer base B de V.
Teorema: Sejam V um espaço
vetorial de ordem e
T um operador linear. Então, os autovalores
de T são as raízes do polinômio característico
do operador linear T.
Demonstrações dos Teoremas: AQUI.
Podemos
simplificar os cálculos para os autovalores escolhendo B
a base canônica de V. Considerando
um autovetor do operador linear T associado ao autovalor
,
isto é,
,
temos
Dessa forma,
é um autovetor da matriz
associado ao autovalor
.
Exemplos
Exemplo 1:
Considere a matriz
O polinômio característico de A é dado por:
Os autovalores de uma matriz são as raízes do polinômio
característico:
Portanto,
e
são os autovalores da matriz A. Para
os autovetores associados são as soluções
,
não nulas, para:
O que implica em
.
Assim, os autovetores da matriz A associados ao
autovalor
são da forma:
Para
os autovetores associados são as soluções
,
não nulas, tais que:
O que implica em
.
Assim, os autovetores da matriz A associados ao
autovalor
são da forma:
Exemplo 2: Considere o
operador linear
dado por
.
Considerando a
base canônica do
.
Escrevendo as imagens dos elementos da base B, pela
transformação T, como combinações lineares dos elementos
de B, temos:
Assim,
é
a matriz que representa o operador T com relação a base
B. O polinômio característico de T é o polinômio
característico de
dado por:
Os autovalores de T são os
que são raízes do polinômio característico, ou seja:
Portanto,
é o autovalor de T. Para encontrar os autovetores
associados, devemos encontrar soluções
,
não nulas, para:
Assim, os autovetores de T associados ao autovalor
são da forma
.
Veja estes e outros exemplos AQUI.
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