Definição
Seja
um Espaço Vetorial sobre o corpo
.
Um Subespaço Vetorial
de
é um subconjunto de
,
que por si só também é um espaço vetorial, definido sobre o mesmo corpo
que
e com as mesmas operações definidas em
.
Teorema: Um subconjunto
não vazio
de um espaço vetorial
é um subespaço vetorial de
se, e somente se, satisfaz as condições:
(i) O
elemento neutro
de
está em ;
(ii)
A operação de Adição definida em
é fechada em ,
ou seja, ,
;
(iii)
A operação de Multiplicação por escalar de
é fechada em ,
ou seja, ,
e .
Demonstração: AQUI.
Exemplos
Exemplo 1:
é subespaço de .
Ou seja, qualquer reta passando pela origem é um
subespaço de .
Vamos verificar que valem as condições (i), (ii) e
(iii) para
:
(i) O elemento neutro do
é a origem
.
Para
,
,
logo, o elemento neutro pertence a
;
(ii) Tome
e
.
Temos,
.
Assim,
,
uma vez que
;
(iii) Tome
e
,
temos
.
Assim,
,
uma vez que
.
Logo, é
subespaço de
.
Exemplo 2: Qualquer
reta que não passe pela origem NÃO
é subespaço de .
De fato, se a reta não passa pela origem, ela não
contem o elemento neutro
do
.
Logo não pode ser subespaço vetorial.
A figura a seguir ilustra os
exemplos 1 e 2:
A
reta
não é um subespaço de
.
enquanto que a reta é um subespaço de
.
Exemplo 3:
NÃO é um subespaço vetorial do
.
Geometricamente,
é o primeiro quadrante dos eixos coordenados.
De fato,
não vale a propriedade (iii) para ,
pois basta tomar
um número negativo. Assim, as coordenadas de
não serão positivas, para um
.
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