Padrões de consumo e comportamento familiar em torno dos “Pets” – animais domésticos
Algumas mudanças nos padrões demográficos e de moradia observadas nas sociedades contemporâneas, com famílias menores e habitações verticalizadas, podem estar gerando alterações no status dos animais de estimação e no comportamento das famílias com relação aos mesmos. Estudos em diversos países têm demonstrado que os chamados pets têm funcionado como alternativa ao cuidado dos filhos. Além disso, a expansão da preocupação ética com os maus tratos aos animais levaria à adoção de um tratamento cada vez mais humanizado aos chamados pets, em especial aos cães e gatos, descrito por Konecki (2007) como “antropomorfização sentimental”. Os pets cada vez mais
vivem dentro de casa, partilhando os cômodos com a família e necessitando de produtos e serviços especializados, levando a um aumento da parcela do orçamento familiar comprometida com seus animais. O setor econômico pet, em alto crescimento, vem expandindo-se também para as classes de menor renda. Pouco se sabe, no entanto, sobre a
relação das famílias brasileiras com seus animais de estimação e o que estes representam no orçamento familiar. Para compreender esta questão, nos baseamos em dados de uma pesquisa quantitativa amostral representativa desenvolvida por técnicos do IBGE representativa dos domicílios do Grande Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro/RJ. Foi feito uma análise exploratória desses dados, e a estimação de um modelo de regressão linear, para explicar o gasto total com animais domésticos em função de algumas variáveis explicativas.