PODER DO TESTE DE SCHUIRMANN EM ESTUDOS DE BIOEQUIVALÊNCIA: ALGUMAS COMPARAÇÕES

Autor(es) e Instituição: 
Joyce Soares Rodrigues, Departamento de Estatística, Universidade Federal de Minas Gerais.
Arminda Lucia Siqueira, Departamento de Estatística, Universidade Federal de Minas Gerais / Centro de Pesquisa de Biotecnologia, Belo Horizonte, MG.
Paula Rocha Chellini, Centro de Pesquisa de Biotecnologia, Belo Horizonte, MG.
Apresentador: 
Joyce Soares Rodrigues

Atualmente, estudos de bioequivalência são exigidos por órgãos reguladores para a liberação de medicamentos genéricos no mercado. Frequentemente tais estudos são realizados mediante a administração de duas formulações, teste e referência, seguindo o delineamento cross-over 2x2, a voluntários sadios. As principais medidas farmacocinéticas a serem analisadas são a área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (ASC) e o pico de concentração plasmática (Cmax). O critério utilizado para declarar que dois medicamentos são bioequivalentes é que o intervalo de 90% de confiança para a razão ou diferença das médias tanto para ASC quanto para Cmax devem estar totalmente dentro do intervalo de bioequivalência. Alternativamente, duas hipóteses unilaterais podem ser testadas e o poder do teste de Schuirmann deve ser de pelo menos 80%. Tal condição deve ser utilizada no planejamento, para determinar o número de voluntários a serem recrutados e ao final do estudo, quando o poder a posteriori deve ser calculado. Neste trabalho são apresentados dois métodos de cálculo de poder: o denominado exato e um aproximado, que utilizam as distribuições t de Student não central e normal padrão, respectivamente. São estabelecidas comparações entre métodos e softwares, além de uma quantificação do efeito no poder gerado pelo desbalanceamento das sequências. A metodologia é ilustrada com 42 estudos reais. Apresentamos uma proposta de obtenção de uma boa estimativa do poder exato a partir de cálculos do poder aproximado e do cálculo do poder para sequências desbalanceadas.