Elza te conta No 15
Número 15, dezembro de 2022.
Dezembro chegou e com ele trouxemos o nosso último boletim do ano. Neste mês selecionamos diversas matérias com diferentes assuntos para que você possa terminar o ano cheio(a) de informação e conhecimento. Assuntos envolvendo mulheres atuando no futebol à uma especialista em teoria dos números e geometria algébrica, informações sobre saúde à uma indicação de filme.
Vivemos muitos momentos significativos em 2022 e como grupo gostaríamos de agradecer por cada palestrante que se dispôs em participar de nosso Ciclo de Palestras e Rodas de Conversa, por cada pessoa que acompanhou nossos eventos, que acompanhou nas redes sociais ou que tenha aproveitado uma boa leitura com nossos boletins. Um agradecimento especial às integrantes que terminaram seu mandato no Grupo Elza e às novas que ingressaram.
“Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”. (Carlos Drumond de Andrade)
O Grupo Elza agradece por 2022 e que 2023 seja um ano repleto de muitas felicidades, realizações e possibilidades e, assim, desejamos boas festas a todos! Aproveite a leitura.
Quer contribuir com alguma matéria? Preencha este formulário: https://forms.gle/Z6V7Pjct2fkkwoxb7
Dezembro Laranja: campanha reforça cuidados contra o câncer de pele
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
Fatores de risco:
– história familiar de câncer de pele;
– pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
– pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada;
– exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência.
Veja os detalhes aqui: https://bvsms.saude.gov.br/dezembro-laranja-campanha-reforca-cuidados-contra-o-cancer-de-pele/
Computação da USP era dominada por mulheres; por que elas desapareceram?
A princípio essa notícia choca, mas ao olhar todo o contexto da época, é possível evidenciar o quanto isso não era anormal. Na década de 1970, cerca de 70% dos alunos do curso de Ciências da Computação, no IME, eram mulheres; hoje, 15%.
Segundo o Jornal da USP, nesta foto são 14 mulheres e seis homens. São da primeira turma de Bacharelado em Ciências da Computação do IME formada em 1974.
Segundo o professor e coordenador do curso de Ciência da Computação do IME, Marco Dimas Gubitoso, um fator que pode explicar o grande interesse das mulheres pela graduação na década de 1970 é a sua associação com o curso de Matemática. Esse foi o caso de uma das alunas formada na época, desde cedo queria fazer computação, mas o curso ainda não existia, então se matriculou na licenciatura.
Para ler a reportagem completa e conhecer toda a história dessa turma, acesse: https://jornal.usp.br/universidade/por-que-as-mulheres-desapareceram-dos-cursos-de-computacao/
Mulheres do IMECC no futebol
A 19ª Edição da tradicional Copa GGBS de Futebol Society teve início no sábado, 20 de agosto de 2022. E as mulheres do IMECC estiveram presentes:
Outras fotos e informações você encontra aqui: https://www.ggbs.gr.unicamp.br/pagina.php?p=COPA_GGBS
E pra fechar com chave de ouro no futebol, olha que time!!!
Após quase 100 anos, mulheres quebram mais uma barreira na Copa: o apito também é delas.
Noventa e dois anos: esse foi o tempo necessário para que pudéssemos ver um trio de arbitragem feminino em uma partida de Copa do Mundo. O feito aconteceu nesta quinta-feira (01) quando, pela primeira vez a FIFA, convocou mulheres para fazer parte do quadro de arbitragem da competição. O Mundial no Qatar traz mais mulheres na arbitragem, nas arquibancadas e nas transmissões de TV, mas obstáculos ainda se impõem. Pela primeira vez, a FIFA convocou mulheres para compor a equipe de arbitragem de um mundial de futebol masculino – dentre elas, a brasileira Neuza Back.
Para saber dessa notícia completa, acesse: https://dibradoras.com.br/2022/12/01/apos-quase-100-anos-mulheres-quebram-mais-uma-barreira-na-copa-o-apito-tambem-e-delas/
O “Meninas SuperCientistas” nasceu de uma iniciativa de alunas da Unicamp, com o objetivo de incentivar meninas a seguirem carreira na área de ciência. O evento é organizado por alunas, funcionárias e professoras da universidade desde 2019, e realiza atividades para 65 alunas do ensino fundamental II de escolas públicas e privadas (45 e 20 vagas, respectivamente), guiadas por cientistas mulheres. Desta forma, as meninas podem ter exemplos da atuação de mulheres na ciência e encontrarem modelos nos quais elas possam se inspirar e tomar como incentivo.
O evento foi inspirado no projeto “Meninas com Ciência”, realizado por mulheres do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional na UFRJ, que teve início em 2016. Foram realizadas também algumas edições do “Meninas com Ciência-SP”, em 2017 na UFSCar-Sorocaba (“Pequenas Cientistas”), e em 2018 na USP-São Paulo ( “Mergulho na Ciência” ).
Acompanhe as publicações deste projeto: https://www.ime.unicamp.br/meninassupercientistas/
Mulheres nas exatas: Wei Ho
Conheça a matemática Wei Ho, diretora do programa “Women and Mathematics” no “Institute for Advanced Study” em Princeton, Nova Jersey, EUA. Além de estudar objetos geométricos, reformulando questões para situá-los no conjunto dos números racionais, ela é apaixonada por dança, literatura, tênis e música.
Leia a reportagem completa em: https://www.quantamagazine.org/wei-ho-is-drawn-to-algebra-geometry-and-the-human-side-of-math-20221122/
Indicação de Filme: Uma Garota de Muita Sorte
Festas de fim de ano chegando e nada melhor do que assistir filmes com a família reunida, por isso o Elza vem indicar o filme “Uma Garota de Muita Sorte” lançado neste ano pelo streaming Netflix. A produção transita entre os gêneros de drama e suspense e é baseada no livro de Jessica Knoll que narra a história de Ani FaNelli, uma mulher bem-sucedida, segura de si e que parece ter tudo planejado. Porém, a protagonista é forçada a reviver uma história sombria de quando ainda era adolescente que ameaça desestruturar a vida perfeita que ela construiu.
Assista o filme pela Netflix e o trailer pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=SNJUSJGsw2M&ab_channel=NetflixBrasil
Mais uma sugestão de filme: Eu não sou um homem fácil
Filme Francês (Je ne suis pas un Homme Facile) original Netflix.
Resumo: Damien é o típico estereótipo de um homem machista. Além de ser um conquistador, trata mulheres como objetos e pensa existir exclusividades de gênero, como roupas e tipos de bebida. Porém, acontece de Damien bater a cabeça em um poste, literalmente, e acordar em um mundo invertido, uma sociedade matriarcal e femista, onde as mulheres dominam as relações de poderes e os homens passaram a ser o sexo frágil culturalmente. As mulheres agora são raramente românticas e passaram a ser infiéis. A trama se desenrola ao longo que o protagonista tem que lidar com a falta de privilégios que antes possuía. Homens não conseguem mais beber em um bar sem serem assediados, Damien se vê obrigado a usar roupas justas para trabalhar, se depilar e passa por cenas de abusos e oferta de favores sexuais.
Essa é uma oportunidade de ver uma comédia que traga boas risadas e de quebra mostre as dificuldades que as mulheres passam o tempo todo dentro da sociedade. Vale a pena de ser visto e compartilhado com todo mundo, afinal é uma forma sutil de tocar sobre esse assunto sem pesos excessivos no debate sobre desigualdade de gênero. A comédia consegue fugir do mais do mesmo e refletir sobre a estrutura patriarcal, machismo, femismo e feminismo. Detalhe para o desfecho final e sua mensagem a em conflito com uma poderosa escritora.
Veja aqui os números anteriores do Boletim.