Elza te conta No2
Número 2, novembro de 2020.
Este número traz o destaque para as cientistas que receberam o prêmio Nobel na área de ciências exatas no mês passado e uma dica para conhecer melhor a matemática iraniana Maryam Mirzakhani, que recebeu a medalha Fields em 2014. Aproveite também nossas dicas culturais e não perca a palestra do mês com a professora Mariana, do Departamento de Estatística.
Quer contribuir com alguma matéria ou informação? Escreva para imeelza@unicamp.br.
Boa leitura,
Elza.
Mulheres na ciência…
A astrônoma estado-unidense Andrea Ghez recebeu o prêmio Nobel de Física, no dia 5 de outubro, pela descoberta de um objeto compacto supermassivo no centro de nossa galáxia, sendo a 4a mulher a receber o prêmio nessa área. As cientistas anteriores foram Marie Curie (1903), Maria Goeppert-Mayer (1963) e Donna Strickland (2018).
Na Química, foram duas as cientistas laureadas, Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna, pelo seu trabalho em edição de genoma. Antes de Charpentier e Doudna, cinco mulheres já receberam o prêmio: Marie Curie (1911), Irène Joliot-Curie (1935), Dorothy Crowfoot Hodgkin (1964), Ada E. Yonath (2009) e Frances H. Arnold (2018).
“Eu gostaria de passar uma mensagem positiva a meninas que gostariam de seguir o caminho da ciência. Acho que nós mostramos a elas que uma mulher pode ter impacto na ciência que elas estão fazendo. Espero que Jennifer Doudna e eu possamos passar uma mensagem forte às meninas”, Charpentier.
Veja aqui, reportagem do Jornal da USP.
… e na matemática
Na matemática, a Medalha Fields, criada em 1936, foi outorgada em 2014 para a matemática iraniana Maryam Mirzakhani, primeira mulher a receber o prêmio, pelos seus trabalhos em geometria e sistemas dinâmicos.
Quer saber mais sobre ela? Elza recomenda o documentário Secrets of the Surface: The Mathematical Vision of Maryam Mirzakhani (2020) e o livro de divulgação infanto-juvenil La ingeniosa Maryam Mirzakhani, publicado em 2017 pela Universidad de Chile.
Regulador SE LIGA
Estudos mostram que 3 a 5 segundos podem ser eficientes para começar a eliminar alguns sintomas do sexismo. Antes de falar, se pergunte: “se fosse ELE, eu falaria do mesmo jeito?” O tempo de reação tende a diminuir com a prática.
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“Depois que eu tive o nenê, já acabou qualquer chance de estudo pra mim.”
Ouvido de uma aluna de Ensino Médio, que veio com seu filho de meses, em uma das visitas de escolas ao IMECC, em 2019.
Dose diária enquanto persistirem os sintomas de Regulador SE LIGA para quem pensa, fala ou manifesta de alguma maneira, esse tipo de opinião para uma mãe de 16 anos.
Os monitores e monitoras do projeto tiveram a sensibilidade de acolher a aluna (e mais duas colegas dela na mesma situação) e informar das opções de permanência estudantil na Unicamp e da creche, incentivando-a a não desistir.
Nosso apoio às mães solo que estudam ou trabalham na Unicamp.
O crime da praia dos ossos
Para pensar a tolerância social ao feminicídio e à cultura do estupro. Uma aula sobre construção de mídia.
Como é que um homem mata uma mulher com quatro tiros na cara e vira herói? Ou então dá pra dizer assim: Como uma mulher desarmada é morta com quatro tiros e vira a vilã da história?
No dia 30 de dezembro de 1976, Ângela Diniz foi assassinada com quatro tiros numa casa na Praia dos Ossos, em Búzios, por seu então namorado Doca Street, réu confesso. Mas, nos três anos que se passaram entre o crime e o julgamento, algo estranho aconteceu. Doca tornou-se a vítima.
Praia dos Ossos é um podcast original da Rádio Novelo.
Mulher-Maravilha brasileira?
Sim, a DC Comics vai lançar em janeiro de 2021, a série DC Future State, na qual a Mulher-Maravilha será representada por Yara Flor, uma brasileira cuja ligação com as amazonas será um dos pontos dessa proposta.
A minissérie da nova Mulher-Maravilha será escrita por Joëlle Jones, de Lady Killer, e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Elza convida
Desde 2019, o Grupo Elza realiza um Ciclo de Palestras, com pesquisadoras dos três departamentos do IMECC: Matemática, Estatística e Matemática Aplicada.
O objetivo do Ciclo de Palestras é destacar a pesquisa de qualidade desenvolvida pelas pesquisadoras do IMECC e incentivar as alunas a seguir carreira acadêmica através do exemplo dessas mulheres.
Em razão da pandemia do novo coronavírus, em 2020, essas palestras acontecerão de forma online, via transmissão no YouTube do IMECC. Os vídeos com as palestras já realizadas estão disponíveis aqui.
Próxima convidada:
03 de novembro, 13h – Mariana Rodrigues
Contamos com a sua presença!
Você sabia que …
… a Unicamp tem um Observatório dos Direitos Humanos?
É lá que funciona o Serviço de Atenção à Violência Sexual:
“Entende-se por violência sexual qualquer ato de natureza sexual ou ato dirigido à sexualidade da pessoa, à sua identidade ou expressão de gênero, de natureza física ou psicológica, que tenha sido cometido, ameaçado ou tentado contra uma pessoa sem o consentimento dessa pessoa.”
Saiba mais no site do SAVS.
Links permanentes
Conheça o fluxo de denúncia no SAVS, o Serviço de Atenção à Violência Sexual da Unicamp, que ensina como proceder diante de um episódio de violência sexual ou de discriminação baseada em gênero ou sexualidade.
Botão do pânico, para os serviços de vigilância e emergência do Campus. Acesse aqui para instalar o aplicativo em seu celular: plataforma Android ou IOS.