Agnaldo Alessandro Da Silva Junior
Meu nome é Agnaldo, aluno do curso de Matemática da UNICAMP. Entrei no PICME no meu segundo semestre de graduação e foi quando comecei a estudar geometria diferencial sob a tutela do Professor Rafael Leão. Escolhi essa área pois sempre gostei de geometria e cálculo e a geometria diferencial usa ferramentas de cálculo diferencial para estudar aspectos geométricos de curvas e superfícies. Com essas ferramentas, é possível estudar a curvatura de uma superfície e como essa curvatura afeta o movimento de objetos que estejam presos à essa superfície, por exemplo. Ainda no PICME dei um passo a mais quanto isso, que foi o estudo da geometria diferencial em contextos mais gerais, como superfícies de dimensões superiores, chamamos isso de variedade e esse estudo de topologia diferencial. O meu método de estudo consistia em reuniões semanais com o orientador que me indicava leituras e outros materiais, eu também fazia uma exposição oral toda semana no quadro negro, que contribuia para o treino de apresentações orais, além disso o professor sugeriu que eu digitasse uma monografia que me introduziu o latex e à escritura desse tipo de texto. Nessas reuniões o professor também sanou minhas dúvidas e me induziu a refletir sobre conceitos importantes da geometria. A necessidade de leitura de textos em inglês (que era meu ponto fraco) completou o combo de iniciação científica, pois fiz um pouco de apresentação oral, estudos individuais, pesquisa, escritura de texto científico etc. O PICME me foi muito importante, pois além de uma experimentação de como é a pesquisa científica, agora, como ingressante no mestrado, já sou familiarizado com diversos conceitos mais avançados como fibrados vetoriais e conexões que fazem parte do meu estudo e me permitem ler textos que estão cada vez mais próximos da pesquisa atual em matemática.
Ednei Costa Da Silva Junior
Com o PICME, pude me aprofundar no estudo de leis que regem a matemática, com ênfase na Lei de Benford e Zipf. A fim de comprovar o efeito dessas leis na prática, foi necessário aplicar, e consequentemente aperfeiçoar, o uso de ferramentas de visualização e manipulação de dados reais, tais como o MMQ para ajustes lineares e Python associado a bibliotecas para realizar a plotagem dos gráficos.
Sempre auxiliado pelo orientador, o programa me traz a possibilidade de fazer uso de assuntos estudados em diversas matérias da graduação em um projeto real, contribuindo imensamente pro meu desenvolvimento acadêmico.
Heloísa De Oliveira Garcia
Meu nome é Heloísa, sou estudante de estatística 020, e ter sido contemplada com a bolsa do PICME foi muito importante pra mim. Minha pesquisa consiste no estudo de duas técnicas de aprendizado não supervisionado, e a aplicação é feita em dados de eletroencefalograma (EEG), obtidos a partir de um ensaio clínico com pacientes depressivos. Através dela, comecei a descobrir um leque de opções para minha especialização. Eu aprendo sobre assuntos novos, pesquisando e me desenvolvendo nos âmbitos que já conheço. O programa foi um incentivo de estudo e me rendeu gosto pela multidisciplinaridade que meu curso oferece!
Thiago Maximo Pavão
Meu nome é Thiago Pavão e comecei a participar do PICME no segundo semestre de 2021, fiquei receoso quando recebi a divulgação do programa, pois estudo engenharia da computação e não um curso mais focado na área de matemática porém, decidi me arriscar. A primeira parte foi escolher o projeto que gostaria de desenvolver dentre todos os propostos pelos orientadores, os projetos abrangem diversas áreas e alguns parecem tão complexos que fazem pensar como é possível estudar aquilo. Todos são extremamente interessantes, mas o que mais me chamou atenção foi um que propunha um sistema numérico alternativo ao nosso, no qual números podem ser representados com infinitos algarismos para a esquerda, como por exemplo o número …999 que em nosso sistema é representado pelo -1. O projeto ainda está sendo desenvolvido e me divirto estudando um assunto tão desconexo da minha graduação e discutindo-o com meu orientador. Caso tenha a oportunidade de participar do PICME vá em frente, vale muito a pena.
Vitória Aparecida Santos Ferreira
Sou a Vitória, aluna do Bacharelado em Matemática da Unicamp de 2018 a 2021. Por ter medalhas de olimpíadas matemáticas, tive a oportunidade de participar do PICME. Meu conhecimento sobre essa possibilidade ocorreu no final do Ensino Fundamental, quando um professor da escola pública que eu frequentava o divulgou para atrair a atenção dos alunos que iriam fazer a OBMEP. As premiações inicialmente me permitiram a entrada no PIC-Jr., e, assim, em 2015 e em 2018 acompanhei as atividades deste programa, o qual aprofunda conhecimentos escolares através de listas de exercícios preparadas pelo IMPA e apresenta temas muitas vezes ainda não vistos pelos participantes ou que não são ensinados nas instituições, como a aritmética dos restos, princípio de indução. Apesar de o PICME também oferecer o aprendizado de algo inédito para os estudantes, ele difere do PIC-Jr. nas atividades, pois cada aluno tem um projeto, escolhido por ele próprio, e com a orientação de algum professor, o que se aproxima mais da rotina de pesquisa.
Minha experiência se deu em dois períodos, um que durou de 04/2019 a 01/2020 e outro que ocorreu no segundo semestre de 2020. Escolhi os temas pensando no meu primeiro ano de graduação, no qual fui exposta a alguns assuntos matemáticos que me chamaram a atenção. O primeiro melhoramento que o programa me trouxe foi o de diminuir a timidez, pois recomendava que procurássemos os docentes antes de escolhermos o que seria estudado. Apesar de saber que eu queria algo da Álgebra, conversei com quatro professores do IMECC, que me mostraram o que eles pesquisavam e o que eu poderia desenvolver. A Anne ajudou nesse processo conversando com os docentes e coletou possibilidades de trabalhos.
Meu primeiro projeto foi intitulado Introdução às estruturas algébricas. Nele, aprendi o início do conteúdo da disciplina Grupos e representações, que cursei um ano depois na graduação. As atividades consistiram em estudar a bibliografia indicada pelo orientador e semanalmente ir à sala dele relatar o que tinha estudado, tirar dúvidas e saber em quais teoremas e exercícios dar mais atenção. Cada docente combina com seu orientando a forma como o programa será realizado e gostei muito desse modo como trabalhei. Depois desse primeiro momento, focamos em artigos publicados sobre quandles, um exemplo de estrutura algébrica, e nesse momento compreendi mais sobre a pesquisa científica, quem são os envolvidos, quais os sites em que se pode acessar as publicações etc. Ao final de um semestre de Iniciação Científica, produzi o relatório, tarefa que me ajudou na escrita Matemática, pois usei ferramentas como o LaTeX. No início de 2020, decidi que queria me dedicar a outras possibilidades dentro da universidade e, assim, não solicitei a renovação do PICME. Mas voltei para o mesmo no segundo semestre, com outro projeto na Álgebra, Ações de grupos e introdução à teoria dos invariantes, que usava notações e conceitos que eu já tinha visto para desenvolver algo a mais. Por ter sido realizado de forma remota, eu me comunicava com o orientador apenas via e-mail, por onde ele guiava o estudo.
Posso afirmar que o PICME me possibilitou ter a certeza do que eu gostava, o que agora contribuiu na escolha da área a que quero me dedicar no Mestrado.